Se me olho ao espelho, não consigo ver a imagem que me mostra. Procuro o meu reflexo nos olhares, nas palavras, nos gestos que me dirigem.
Se sinto amor próprio, não é por gostar de mim mesma. Apenas sinto o que setem por mim, seja amizade, amor, ódio ou indiferença.
Quando falo, não são as minhas palavras que ouço. São as que ecoam nos ouvidos dos que me escutam.
Toco-me e não sinto o meu corpo. Sinto só as carícias que alguém me faz.
De nada me serve pensar na pessoa que sou. Sou somente o que pensam de mim.
Cada movimento que faço, não é por minha vontade. O que me move é a felicidade ou a busca dela ao lado de alguém.
Não me recordo de tudo o que já foi. Lembro apenas o que se mantém na memória, não das pessoas que por mim passaram, mas das que apareceram e ficaram.
Monday, June 13, 2005
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