Wednesday, June 22, 2005

Não, não te tornaria mais feliz! Essa ambição de tudo, que é o nada. O nada porque te iria resumir a nada!
Não aguentas esse nada que te obriga a preencher o vazio que fica, com tudo! Tudo o que tanto odeias e te enche de ira.
Esqueces o mundo por momentos...
Esconde-te...
Não permitas que te vejam nesse estado lastimoso.
Esquece o mundo.
Lembra-te de ti...
Pensa no amanhã que te dará uma nova oportunidade de corrigires tudo, de simplesmente viver e sentir o doce paladar da vida.
...sim ...amanhã, talvez!

Friday, June 17, 2005

Falta-me de tudo para aqui escrever... inspiração, talento, tempo... Só a vontade é que não falta. Até me vão ocorrendo ideias, esboços daquilo que poderia vir a tornar-se um texto para aqui publicar. Pego numas folhas de papel e no lápis; sento-me na cama (em vez de sentar-me à mesa a estudar) e espero... espero que o lápis comece a movimentar-se pelas linhas fora. Mas o único movimento que a minha mão faz, é no cantinho da folha a rabiscar florzinhas, bonequinhos sorridentes a meter a língua de fora e o nome de alguém que certamente não poderá deixar de sorrir ao ler esta parte.
Quantas páginas já preenchi com estes meus desenhos, que não são muito diferentes daqueles que eu fazia quando andava ainda na primeira classe... (de facto o meu talento para o desenho não evoluiu muito desde então). No meio dos desenhos ainda sou capaz de escrever umas tantas palvras que me saiam espontaneamente... mas essa espontaneidade vai-se rapidamente e fica tudo inacabado...
Hoje saiu-me isto cá para fora... não é lá grande coisa... uma grande treta, aliás. Mas foi o que saiu...

Monday, June 13, 2005

Se me olho ao espelho, não consigo ver a imagem que me mostra. Procuro o meu reflexo nos olhares, nas palavras, nos gestos que me dirigem.

Se sinto amor próprio, não é por gostar de mim mesma. Apenas sinto o que setem por mim, seja amizade, amor, ódio ou indiferença.

Quando falo, não são as minhas palavras que ouço. São as que ecoam nos ouvidos dos que me escutam.

Toco-me e não sinto o meu corpo. Sinto só as carícias que alguém me faz.

De nada me serve pensar na pessoa que sou. Sou somente o que pensam de mim.

Cada movimento que faço, não é por minha vontade. O que me move é a felicidade ou a busca dela ao lado de alguém.

Não me recordo de tudo o que já foi. Lembro apenas o que se mantém na memória, não das pessoas que por mim passaram, mas das que apareceram e ficaram.

Thursday, June 09, 2005

Não creio que exista algo chamado de destino.
Talvez por isso me aterrorize a ideia de que foram necessários acasos, muitos acasos, para chegar a onde me encontro agora. Pequenos acontecimentos que levaram a outros, que acumulados me conduziram aqui e ali, até à minha situação de agora.
E porque os acasos acontecem "por acaso", bastaria uma simples mudança nestes acontecimentos para altarar tudo. Coincidências que ocorreram, fazem-me pensar "e se não tivessem acontecido?"; "Se eu tivesse optado, não por isto, mas por aquilo"... Como estaria agora? Estaria melhor...pior?
Também outros pequenos acontecimentos que poderiam ter-se dado e não se deram...eu sei lá porquê... Se eu tivesse saído 5 minutos mais cedo de casa, poderia eventualmente ter-me encontrado, ou desencontrado com alguém; e as consequências que isso traria...
Ponho-me a pensar em inúmeras situações, aparentemente sem qualquer ligação, mas que na verdade, se uma não tivesse ocorrido, muitas outras também não.
Nunca saberei que outras hipóteses existem em relação ao rumo que tudo tomou e irá tomar.

Só fico a pensar "E se... E se... E se...?"