Thursday, March 31, 2005

Escrevo hoje coisas que amanhã poderei achar estúpidas e sem lógica.
Tenho ideais, crio as minhas filosofias de vida, diferentes das que já tive e, eventualmente, diferentes das que terei no futuro. Não páro, estou sempre a evoluir, para melhor ou para pior. Não páro, nunca vou parar até ao dia em que morrer. E será que aí páro realmente? Hoje digo que sim.

Assusta-me a ideia de que a vida, o tempo não páram para eu descansar um pouco. Não sei o que o futuro aguarda e não me posso preparar para o enfrentar. Mas talvez neste momento seja apenas o meu cansaço a falar. Porque de outras vezes encaro tudo o que me aguarda como um mistério empogante...as coisa boas, e claro as más também, que virão. Mas não agora. Agora queria tudo revelado para simplesmente não ter que me questionar e não ter surpresas.
Isto é apenas agora, no entanto...futuramente...não sei quando, não pensarei o mesmo certamente.

Mas se nós mudamos constantemente...o que é que nos dá continuidade? O que faz com que eu seja sempre "eu"?

...Sendo assim nunca poderemos dar uma definição de nós próprios, daquilo que somos, porque nunca somos os mesmos.

Tuesday, March 29, 2005

Perdeste-me?

Ah! Perdeste-me!
E perdi-te...
E perdi-me no meio das tuas ideias.
Por isso escrevo agora palavras sem nexo para que te percas também.

Monday, March 28, 2005

Ainda respiras?? Ah, escapaste!! Fugiste-me por entre os dedos como grãos de areia seca! Que hábil!

Procuro não desejar nada mas as expectativas florescem quando não quero! Nunca as quero e estão lá sempre.
Quero ser realista, quero não querer.
Quero dormir, quero esquecer...

Mas agora não! Não quero dormir.
As minhas pálpebras pesam, mas quero dizer...dizer mais!
Sozinha sou assim...

E as minhas palavras enjoam-me, mas acompanham-me agora à noite.
Não sei porque não quero ir dormir quando não está aí ninguém do outro lado a ouvir-me. Estarão as minhas palavras a substituir alguém? Como? se elas me causam causam tédio? Pensando bem...também as tuas me entediam.

Odeio este momento em que escrevo isto. Quero atirá-lo para o passado. Amanhã, sim, será ontem...ontem já lá vai. Ainda bem...

Sunday, March 27, 2005

Com mais uma frase me deito, com mil pensamentos acordo, com satisfação enfrento um dia; mais um!
E outra vez ganho coragem. Abro a boca, sai asneira.
Só ouço ruídos, sons desagradáveis que me deixam semi consciente, baralham as ideias.
Onde foi a satisfação? Esqueci tudo!
Num segundo desaparece tudo o que se construiu durante tanto tempo.
A vontade vai-se, o tédio apodera-se de mim e de ti.
Os outros riem-se, eu bem os vejo!
Riem-se de mim e não de ti.
Riem-se contigo e contra mim!!
Mas quem tem razão? É isto uma batalha? Com vencedores e vencidos?
Por enquanto só na minha mente...e será apenas isso? Não respondam, não quero saber! A verdade pode ser pesada demais. E estou cansada.
Faltam-me as forças que nunca tive, faltam-me as palavras que não existem, falta-me o ar, roubo-to a ti...sufoco-te assim.

Saturday, March 26, 2005

Ideias Intrusas

Ideias intrusas, como podem ideias ser intrusas?
Como?, se o que eu sempre procuro são ideias e mais ideias! Ideias não me invadem, não me perseguem. Sou eu quem as tenta conquistar...para conquistar o mundo...pois o mundo não vem ter comigo.
Tenho de ser eu a lançar-me. E de ideias é do que se precisa!
Novas... Não vale repetir.
E que ideias são estas agora? São minhas...? Serão?
Peço desculpa, pois as ideias intrusas não vieram de mim.

E as ideias que eu pensava ter...não o são afinal. São memórias somente.

Que desconsolo...

Wednesday, March 23, 2005

Olho o futuro com tristeza, lembro o passado...não lembro. Porque o tempo não para? Não o consigo acompanhar...

Não há emoção. Não há sentimento. Apenas pressa ...e o vácuo onde nem as palavras fazem eco.
Fantasmas do que nunca foi não me deixam. Pessoas que foram, fogem de mim. Não sabem..mentem...fogem e deixam a sua imagem...como se lá estivessem.

Percorro o mesmo caminho sempre igual, nada muda. Já o sei de cor...Tudo inerte e estático.
Regresso e parto e novo...fujo de mim.

Monday, March 21, 2005

-Porquê eu, quem sou para criar desarmonia no teu silêncio?
-Porque o teu ruído nunca causa desarmonia
-Porquê eu? Quem sou para ti? Não sou nada...
-Não vires as coisa ao contrário! Tu sabes o que és. E eu, eu sei também o que sou ...ou o que não sou...não invertas a situação. Tratas-me como se fosse de vidro. Não sou, não me vou partir.
-Tenho medo que te estateles no chão.
-E então? Se cair de muito alto o pior que pode acontecer é morrer.
-Olha para mim
-Eu olho sempre para ti... não, não te preocupes...o dia em que morrer não vai ser pelas minhas próprias mãos. Mas não temo, não temo a morte. A morte só trás o fim, não há mais nada.
-De que tens medo?
-Da solidão
-Então não tens que ter medo de nada.

Friday, March 18, 2005

Assim começa mais um...